Escolhi o Espiritismo – ou Doutrina Espírita –, por me ensinar a Fraternidade no seu significado mais amplo. Por me fazer entender que, independente de raça, cor, sexo, religião ou condição social, somos todos irmãos no mesmo estágio de evolução – salvo algumas exceções – o que nos incapacita julgar quem quer que seja por qualquer dos atributos acima listados.
Entendi através da Reencarnação que nada acontece nesse mundo por acaso. Não há mérito sem trabalho e não há sofrimento sem causa. Aprendi que para tudo que existe, existem Leis Universais que regem a harmonia desde o átomo até as galáxias.
Aprendi na Doutrina Espírita que não existem inferno eterno e nem contemplação eterna. Aprendi que não é pelo fato de nos despirmos do nosso corpo material que iremos a um dos destinos citados. Iremos sim, ter com espíritos que vibram na mesma faixa vibratória que nós. Se baixa for a vibração, com Espíritos sofredores impuros e imperfeitos nos afinaremos. Se alta, afinaremo-nos com Espíritos elevados, trabalhodores do bem e versados no amor ao próximo.
Enfim, encontrei no Espiritismo uma forma de me despir da máscara que muitas vezes se apossava do meu Ser, acobertando minhas falhas e me tornando hipócrita comigo mesmo. Aprendi que somos falhos, imperfeitos e com uma larga trajetória a percorrer. Notei que sendo transparente e encorajando-me ao trabalho do dia-a-dia da seara de Cristo, versando o amor a Deus e ao próximo, poderei me nutrir da esperança de um dia estar ao lado do nosso Pai trabalhando para que nenhum de nossos irmãos se perca, assim como faz hoje o nosso amado mestre Jesus.
Hoje posso dizer, sem qualquer ressentimento, medo ou culpa que a Doutrina Espírita me fez uma mulher melhor.