Há quem diga que a vida é um espetáculo, e nós, os atores, mais ainda, que somos diretores e editores dele, decidindo o que fazer ou deixar de fazer, escolhendo o roteiro que queremos e para onde vamos. Nossas falas, ações, atitudes estão todas subordinadas a nossa vontade, já que nesse palco, somos detentores desse direito, e nos cabe a verdadeira escolha de seguirmos o caminho que desejamos. Dentro dessa perspectiva, somos, na verdade, os protagonistas de nossa existência, onde podemos flutuar, delinear, sonhar, criar, agir e escolher a versão que temos no espetáculo do dia. Hoje podemos estar mais para o drama, amanhã quem sabe, mergulhamos na nossa “veia” cômica, mais um pouco de dias e mudamos nosso espetáculo para uma tragédia e, assim, fazemos nessa mescla de estilo: A nossa vida. Entretanto, todo espetáculo que alcança um determinado sucesso tem sempre uma plateia presente, uma plateia que assiste minunciosamente nossos atos, que, de tão próxima ao artista, decora as falas, os atos, cada gesto, cada atitude. A plateia é tão atenta que até aquilo que silencia na hora do show, ela compreende e futuramente nos cobra aquilo que desenhamos nesse espetáculo. Algumas vezes iluminamos o palco com luz e, às vezes, deixamos tudo muito escuro, sem nenhum ponto de claridade. A essa plateia damos o nome de consciência! Ela sim, será o nosso termômetro. Com ela nós podemos entender se o nosso espetáculo está atingindo o intuito desejado, se continuaremos a crescer e seremos o sucesso de bilheteria que precisamos para nos manter em pé e, a partir daí, poderemos encher os nossos cofres com aquilo que nos impulsiona: O AMOR! Cada vez que nossa consciência nos aplaude, mais ela enche nosso espirito de amor, nos fazendo continuar, vivenciar na plenitude que queremos. Mas quando sentimos que a nossa consciência pesa, Talvez seja hora de mudarmos o sentindo da vida, ou seja, desse espetáculo que somos responsáveis.
Nesse teatro, façamos brilhar nossa luz, assim com Jesus nos alertou. Precisamos dos aplausos para viver, mas do aplauso da compaixão, da esperança, do amor, do otimismo, da caridade... sem esses aplausos, nosso espetáculo se fecha, e então passaremos a viver em um teatro fechado, onde voltaremos a ser figurantes da nossa própria existência. E não tem algo mais angustiante do quer ser figurante da própria história, afinal, se a vida é um espetáculo e podemos ser protagonista dela, não desejemos passar por essa existência, apenas existindo. O autor geral do espetáculo, o criador da vida, nos permitiu estar mais uma vez nesse palco, e apenas nos pediu que, quando entrássemos novamente em cena, as luzes brilhassem, mas não as luzes exteriores, e sim a luz que emana dentro de cada um de nós. Façamos com que os sons ecoem, mas que seja o som do seu coração; que cada atitude que façamos no palco, tenha o sorriso da nossa consciência; que as filas da bilheteria deem volta em torno das ruas, aos arredores de nosso show e que os nossos convidados sejam sempre a disciplina, a paz, a serenidade, a caridade e o amor. Que façamos valer a pena a confiança que o grande criador nos entregou, não sendo figurantes, onde podemos ser protagonistas, ensinar e aprender. Se a vida é realmente esse espetáculo, aproveitemos a oportunidade, e por mais que ainda mergulhemos em roteiros de infelicidade, dramáticos, melancólicos, tristes, lembremos que todo espetáculo que se preze, todo espetáculo que deixa um gosto de quero mais, pede um final cheio de amor e felicidade, pois só assim poderemos aumentar nosso campo de atuação, indo para outros teatros, alcançando novas plateias, na extensão de tantos teatros que temos na imensidão, para damos continuidade a esse show e que não esqueçamos: Todo grande protagonista, buscará a felicidade de todos da trama. A oportunidade está aí, cabe a nós executar.