Vivemos ou apenas estamos vivos? Há uma indagação pertinente que nos envolve. Em meio a esta dúvida, nossa consciência e nossos atos respondem por si só a tal questionamento.
Somos sabedores do que estamos fazendo aqui na terra? Buscamos o que, na verdade? Dentre as buscas em que o mundo nos envolve, vemos em grandes proporções o objetivo material, ou seja, “o TER” sendo a grande meta de vida e, aqui não se reprova a busca do “ter”, mas vale a reflexão sobre a proporção dessa busca. Será que vale tudo pelo “ter”? Alguns de nós iremos responder que não, mas mesmo quem nega essa indagação, pode inconscientemente estar buscando o “ter” e esquecendo em definitivamente o “ser”.
Não há como não se contaminar com a busca ilusória em que vive a nossa sociedade, mas também se pode contaminar a sociedade com outra busca, essa mais profunda, mais demorada, mas ao mesmo tempo uma busca mais sólida e sem dúvida bem mais eficaz. A partir desse caminho do ser, nos encontramos, buscamos e achamos aquilo que estava tão perto de nós: a nossa essência divina. Para que procurar “fora”, em realizações exteriores, o que na verdade está a nossa volta e ao nosso alcance? Jesus já nos falou “ Deixa tudo, pega a tua cruz e me segue”. Qual de nós já aceitou esse convite verdadeiramente? Nas entrelinhas, Jesus nos alerta, como se estivesse nos dizendo: EU LHE ESTENDO A MÃO, PARA TU COMEÇARES A VIVER E NÃO APENAS ESTAR VIVO, pois do mesmo modo que precisamos de Jesus, ele também precisa de nossa boa vontade de amar.
Aceitemos o convite latente do mestre e caminhemos com ele. Comecemos a viver, tocando na mão do Cristo, para que, a partir daí, passemos a “ser” bem mais do que a “ter”.