Como já dizia a romancista inglesa Mary Cholmondeley, a cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Sabe por quê? Por que é mesmo muito desperdício, por nos sentirmos simplesmente “sozinhos”, por não sermos correspondidos ou talvez por termos recebido tantos “nãos”, deixarmos de dar um sentimento tão nobre e puro. Somente atingiremos a plenitude quando amarmos. Enquanto houver desejo e busca de sermos amados, estaremos fugindo à responsabilidade de amar e padeceremos por longos tempos na infância emocional. Então, cuidemos dos nossos jardins e deixemos que as borboletas voem até o nosso eu interior. Mas, sem pararmos de amar é claro. Amor é vida e vida precisa ser vivida em sua mais ampla plenitude! Ame!
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman é um dos intelectuais mais respeitados da atualidade. Isso por que em uma de suas obras mais famosas, “Amor Líquido”, ele expõe muita lucidez em suas observações, afirmando que o romantismo do amor parece estar fora de moda, o amor verdadeiro foi banalizado, diminuído a vários tipos de experiências vividas pelas pessoas as quais se referem estar utilizando a palavra amor. Noites descompromissadas de sexo são chamadas de “fazer amor”. Não existem mais responsabilidades de se amar, a palavra amor é usada mesmo quando as pessoas não sabem direito o seu real significado.
Com isso, na atual conjuntura, a expressão amor sofre a desvalorização do seu significado pela decomposição dos nossos tormentos sexuais, que não passam de instinto desgovernado.
No entanto, não podemos esquecer as palavras da nossa veneranda Joanna de Ângelis que nos conforta ao compartilhar através das mãos de Divaldo, que a esperança reabre novos caminhos de amor.
O verdadeiro amor não nasce das sombras do desejo. O verdadeiro amor nasce de um coração puro e de uma consciência tranquila. Não percamos nossas forças vitais com vibrações desnecessárias! Muitas vezes nos dizemos prudentes e se consultarmos nossa consciência, que é nosso maior juiz, saberemos que estamos mesmo sendo egoístas conosco mesmo e com o próximo. Quem traz o amor pulsando em suas veias e no seu espírito, não se esquiva das intempéries da vida, pois o amor tudo pode e tudo conquista.
Não há outro caminho para a felicidade que não seja o amor. Façamos que o amor seja nosso escudo e nossa bandeira de luz!