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Que Jesus renasça todos os dias na manjedoura dos nossos corações!

23 de Dezembro de 2016 às 16h15

Natal é muito mais que festas, comemorações, luzes, enfeites e presentes. Natal representa nascimento, vida e crescimento. E o nascimento de Jesus tem um significado muito especial para o mundo cristão.

Já parou para pensar por que se comemora o nascimento de alguém cuja matéria morreu há mais de dois milênios? Será que esse nascimento tem algo a nos ensinar? O nascimento de Jesus deve ser refletido, comemorado e vivido todos os dias. Ele não deve ser lembrado de ano em ano, com práticas que não refletem maturidade.

A verdadeira comemoração do Natal é a vivência no dia-a-dia dos ensinamentos desse aniversariante que nos ensinou o caminho da única verdade dos dois lados da vida que é o amor, principalmente nos momentos em que tudo parece cair. Devemos abrir nossas mentes e corações com o sincero desejo de aprender com esse mestre por excelência, pois as lições já foram dadas a mais de dois mil anos.

Por que se lembrar dos desvalidos, dos órfãos, dos velhos abandonados e dos moradores de rua por um dia, como se pudéssemos abrandar todo o nosso sentimento de indiferença de todas as nossas vidas e existências para com os nossos irmãos?

O verdadeiro sentido do Natal ainda não penetrou o âmago das criaturas. Celebrar o Natal é refletir sobre todo o Evangelho de Jesus! Reflexões estas que não podem ser acompanhadas por hipocrisia! Somos ainda velhas sepulturas caiadas por fora e podres por dentro! O sentimento de fraternidade que deve reinar entre nós, ainda se mostra ilusório e distante de cada um. Esquivamos-nos de nossas responsabilidades espirituais, procurando mecanismos utópicos para a tão sonhada paz interior! Ao invés de nos reunirmos por amor, pelo amor e com amor, segregamos! Somos egoístas e juízes acintosos!

Natal é momento de renovação! Renascer e permitir que o Cristo renasça todos os dias em nossos corações é o caminho para essa real e verdadeira renovação.

Libertemos-nos de todo o preconceito, do desamor, do ódio, das mágoas, dos rancores, dos ressentimentos, mas acima de tudo do orgulho que é pai de todos os nossos vícios e do egoísmo que é o filho predileto de um coração orgulhoso.

Se estiver difícil amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo, lembremos-nos de uma das últimas palavras do eterno Rabi da Galiléia antes de ser crucificado, “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.

E meus irmãos, quando lembrarmos isso e pusermos em prática, não teremos mais desculpas para não amar e tenham certeza que seremos gratos a Deus pelo maior presente que nos deu na manjedoura e retribuiremos com o maior presente que o nosso criador espera de nós, que é nos amarmos. Sendo assim, nos amando, é que estaremos preparados para amar o próximo mais próximo e só assim é que amaremos a Deus verdadeiramente.