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Unicamp descobre medicamento capaz de deixar células mais saudáveis durante envelhecimento

Tempo de vida de verme estudado em pesquisas sobre longevidade aumentou 18% com uso de medicação enoxacino, que provocou aumento da vitalidade. Pesquisa foi publicada em periódico internacional.
17 de Dezembro de 2018 às 07h50
Caenorhabditis elegans, verme analisado em pesquisa sobre longevidade


Mais saúde na velhice. O Laboratório de Biologia do Envelhecimento, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, em Campinas (SP), descobriu uma droga capaz de aumentar a vitalidade das células de vermes, interferindo tanto no tempo quanto na qualidade da vida deste ser vivo.



O estudo foi publicado no periódico internacional Redox Biology. O medicamento que apresentou o avanço nas pesquisas, iniciadas há cinco anos com colaboração nacional e internacional, é o enoxacino. Um agente antimicrobiano já usado para tratar infecções urinárias em humanos.



"Muita gente não considera o envelhecimento um processo a ser tratado como uma doença, todo mundo envelhece um dia. O que a gente quer não é tornar as pessoas imortais, mas que elas envelheçam com mais saúde", explica o coordenador do estudo, Marcelo Mori.



Os vermes Caenorhabditis elegans - medem no máximo 1 mm e são frequentemente usados em estudos sobre envelhecimento por terem um ciclo de vida de até 30 dias - viveram 18% a mais com a droga, se comparado aos que não foram submetidos à substância.



"É o avanço mais recente nas pesquisas brasileiras sobre esse tema", afirma Mori.

G1 Campinas e Região 16/12/2018 08h28 Atualizado há um dia