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Suicídio: por quê?, por Hélio Tinoco

23 de Outubro de 2017 às 08h25

Quantas vezes nos perguntamos, diante de um caso de suicídio, por quê? Enquanto muitos lutam em condições de extrema penúria, nos leitos dos hospitais, por mais um fio de vida, alguém decide, voluntariamente, desperdiçá-la em plena e total abundância de vigor.

Ocorre que, ao longo da história conhecida, ou seja, pelo menos nos últimos seis mil anos, a Humanidade vem passando por estágios naturais, migrando da condição de Barbárie, onde imperava o uso da força, à de Civilização moral. E passando, inevitavelmente, pela Civilização material, onde o ter era a razão da existência, conquistando cada vez mais sensível evolução: o ‘ser’ passa a imperar com real consciência (“Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo 25, item 5).

Durante estes períodos, muitas atitudes de abuso foram tidas como naturais, a exemplo da escravização dos derrotados nas guerras, os quais ouviam – incessantemente – falas de desvalia e humilhação, grafando em seus psiquismos, ao longo das sucessivas encarnações, a cristalização da baixa estima: incontáveis tiveram encarnações inteiras vivenciadas no mais miserável e completo estado de inferioridade.

Muitas vezes, as recordações do inconsciente emergem em formas de mensagens sublineares, não codificadas, trazendo a ideia atual equivocada de que não temos – ainda – a menor importância. Este sentimento secreto alimenta, sob influências ou não, a ideia de desvalia da vida e, consequentemente também, a proposta de eliminá-la.

Se somarmos a este quadro o atual momento de Transição Planetária, onde muitos espíritos que estavam resistentes no mal, nas zonas umbralinas, estão sendo obrigados a reencarnarem compulsoriamente, a fim de terem mais uma oportunidade de se convertem ao bem antes de suas deportações a outros planetas em menor evolução que a Terra, que desponta para o grau de Regeneração; e a tendência de tentarem fugir de suas realidades por meio do torpor anestésico da drogadição ou, outras vezes, pelo suicídio, podemos compreender a infeliz estatística mundial de um caso de autoextermínio a cada 40 segundos e o número alarmante de 32 casos por dia no Brasil.

Cabe também aos cristãos espíritas mais esta tarefa imperiosa, que é alertar quanto às dolorosas consequências reais sobre aqueles que – em seu tempo oportuno receberão o socorro necessário – infligem o primeiro de todos os direitos: o direito à vida (questões 880 e 957 de “O Livro dos Espíritos”). Só Deus pode dar a vida e só Ele a pode tirar...

Todo este quadro doloroso atual tem desenvolvido doenças, como a ansiedade e a depressão, que estão sempre relacionadas aos casos de suicídios (segundo estatísticas, 90% deles foram antecedidos por uma crise de depressão), alimentados, muitas vezes, por processos obsessivos, do raciocínio confuso e falido que leva alguém tirar a própria vida, acreditando poder assim aliviar sua dor...

O despertar no mundo dos espíritos, para estes, costuma ser extremamente mais doloroso e decepcionante: encontram uma condição mais dolorosa do que vivenciavam no corpo material antes da nefasta decisão (“O Céu e o Inferno”, segunda parte do capítulo 5). Evitemos solidão e isolamento! Alertemos a todos, sempre, e a nós mesmos: suicídio, nunca!
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