Olá, pessoal. Hoje eu estou aqui para bater um papo sobre o poder da mente. Muitas vezes nós confundimos mente com o cérebro. Afinal o que é o cérebro, o que é a mente, o que um implica no outro, como eles trabalham?
Vamos tomar um computador como exemplo para comparação. O cérebro seria o aparelho, a parte física, e a mente funciona como os programas que atuam nesse computador. Poderíamos também comparar a um rádio – o aparelho é o cérebro, e a música que toca no rádio seria a nossa mente. Então a mente é a energia universal que habita em nosso corpo físico, e o cérebro é um codificador da nossa mente; ou seja, o cérebro transforma a energia mental em palavras, ações, pensamentos, sentimentos e emoções. É muito importante entendermos essa diferença.
Mesmo que o cérebro e a mente não tenham tanta separação e atuem juntos o tempo todo, eles são coisas diferentes: o cérebro tem prazo de validade, de uma vida, mais ou menos, uns 100 anos talvez. Nós vamos trocando de cérebro ao longo das encarnações, mas a nossa mente é imortal, imperecível, inteligente. Ela é como se fosse a nossa alma, o nosso espírito. Eles estão juntos nos acompanhando vida após vida.
Na mente, estão armazenados os nossos traços genéticos, tudo o que nós já vivemos e também todas as informações que carregamos de nossa ancestralidade. Tudo o que vem de antes está gravado na nossa mente, assim como toda a nossa história, a história da nossa alma. Então a mente é como se fosse um disco onde todas as informações estão gravadas.
Por que o ser humano tem capacidade de raciocinar e a competência de criar coisas magníficas, como aparatos tecnológicos incríveis, aviões, navios, foguetes, computadores… Por que os outros animais não têm essa capacidade?
O nosso lobo frontal, que fica na região da testa, é uma parte do cérebro humano que se desenvolveu muito, e é ela a responsável por toda a nossa tomada de decisões, pela regulagem do nosso comportamento e a nossa inspiração. Também “mora” no lobo frontal a memória associativa e a nossa capacidade de fazer conexões neurais.
Por ter esse lobo frontal desenvolvido, o ser humano começa a fazer conexões associativas para tomar decisões. Então, toda decisão que vamos tomar na vida busca informações no nosso lobo frontal e nas redes neurais de tudo o que já fizemos. Por meio dessa dinâmica cerebral, começamos a repetir esses padrões de pensamentos, sentimentos e emoções.
Muitas vezes as pessoas me perguntam por e-mail e nos cursos por aí: “Patrícia, é errado sentir emoções negativas?”. Eu digo que não é errado, porque o ser humano precisa de experiências para evoluir, mas nós temos uma bússola interior, uma orientação que nos mostra o que nos faz bem e o que nos faz mal. Todo mundo sabe disso.
Você sabe que se sentir raiva, estresse, medo, preocupação, angústia, frustração por muito tempo, vai ficar doente porque essas emoções não condizem com a nossa natureza. O ser humano foi criado para expressar a sua beleza, para sentir amor, felicidade, para desenvolver a sua criatividade, para sentir compaixão, para ajudar o seu semelhante.
O ser humano foi desenvolvido para sentir amor, sentimentos superiores que estão de acordo com a nossa matriz essencial. Por essa razão, os sentimentos negativos não combinam com nossa matriz essencial, e começam a produzir substâncias tóxicas para o nosso organismo, nos levando à doença.
A física quântica moderna explica muito bem que, cada vez que fazemos uma conexão de sentir raiva, por exemplo, as nossas células criam receptores de raiva e produzem substâncias compatíveis com a emoção. Tais substâncias caem na corrente sanguínea e fazem com que nós nos viciemos em sentir raiva. Dessa forma, para que você se reconheça como quem você é, você começa a se viciar nesse sentimento e a senti-lo todos os dias. Então, uma pessoa que sente raiva todos os dias é vista pelos outros como raivosa. Quanto mais repetimos essas sensações negativas, mais essas conexões neurais vão ficando fortes e cristalizadas, difíceis de mudar com o passar do tempo.
Mas a notícia boa é que qualquer um de nós, em qualquer idade, pode reverter essa situação. Basta vigiar o seu comportamento todos os dias e substituir as emoções negativas por positivas. As células, com os receptores de raiva, por exemplo, vão fazer qualquer coisa para que você sinta raiva, porque elas se alimentam disso.
Então você tem que ser muito forte, persistente, e até teimoso para observar o seu comportamento e desejar sentir coisas boas, e começar a substituir isso. Com o tempo, essas redes neurais cristalizadas de sentimentos negativos se rompem, e você começa a desenvolver uma predisposição para sentir coisas boas. Isso vai criar novas realidades.
Uma das energias mais densas que eu vejo as pessoas viciadas é a reclamação. Na fila da farmácia, caminhando pela rua, no supermercado, nos lugares onde vou, vejo pessoas reclamando do sol, da chuva, da falta de prosperidade, do seu filho, do seu marido, do seu cabelo, de tudo o quanto for possível, porque reclamar é um vício, uma dependência química.
Cada vez que a pessoa reclama, uma substância é liberada no corpo dela, então ela se sente feliz reclamando. Só que o que essa pessoa não sabe é que existe um mundo, um universo de sentimentos bons, como o amor, compaixão, felicidade, paz, que disparam sensações muito melhores do que a reclamação. Então é urgente que o ser humano faça a sua reforma íntima e aprenda a substituir esses sentimentos ruins que são viciantes tanto quanto uma droga por sentimentos bons. Só assim você verá sua vida melhorar.
Todo mundo precisa começar a agradecer mais pelas coisas que a vida dá e não ficar reclamando do que a vida tira, porque, se a vida lhe tirou alguma situação, alguma pessoa, é porque era a hora. O universo é autoajustável, autorregulável, inteligente. Aquilo que não é nosso sai da nossa vida. Mas o melhor é que o universo sempre nos devolve aquilo que foi tirado com uma nova roupagem, uma nova forma.
Tenha uma fé inabalável de que somos muito protegidos e não há nada na nossa vida que queira nos prejudicar. Nós só precisamos perceber isso e sermos gratos por tudo o que a vida nos dá. A melhor definição para vício que eu encontrei até hoje é que é algo que você começa e simplesmente não consegue mais parar de querer.
Então se vigie, anote se for preciso. Se você se pegar reclamando muito durante o dia, criticando demais as pessoas, sentindo raiva, estresse, frustração, você é um forte candidato a ficar muito doente, a ter doenças degenerativas, como o câncer, por exemplo, pois essa energia densa dos sentimentos negativos altera totalmente o seu organismo, altera a química do corpo. Comece a mudar seus sentimentos fazendo alguns exercícios de gratidão.
Se você aprender a sentir sentimentos bons, a pensar em coisas boas, mesmo que a sua realidade seja ruim, se dentro da sua mente você criar uma realidade boa, em pouco tempo essa realidade interna se manifesta na realidade externa, e olha que o acontece. É tão interessante, que até o seu círculo de amizade pode mudar porque você não vai mais tolerar certos comportamentos e atitudes dos seus amigos, e você não vai mais alimentar o vício emocional deles. Então é normal você atrair outros tipos de amizade e pessoas na mesma vibração em que você se encontra – ou seja, a vibração do amor e do bem. E é nesse ponto que você começa a se tornar um criador da realidade e você começa a perceber que a vida dos seus sonhos é possível, sim.
Espero que você tenha gostado deste conteúdo sobre o poder da nossa mente. Se você gostou, deixe o seu comentário, mas se você não gostou, deixe-o também, pois eu gosto muito de ler os comentários de vocês, do que vocês acham dos conteúdos que nós publicamos.
Desejo a você uma vida muito próspera e feliz. Um grande abraço para você e até a próxima!
Patrícia Cândido e Redação Luz da Serra