Partindo da notícia de que milhares de franceses passaram a nascer em terras brasileiras no século 19, o livro "Luzes no Brasil", de Sidney Fernandes, leva o leitor a conhecer a continuidade da epopeia francesa, reencontrando velhos personagens, agora reencarnados por aqui.
O Brasil teria, contudo, condições ideais para acolher a revolucionria mensagem de Jesus? A obra mostra que os personagens estão de volta, com recursos afetivos imensos, iluminados por inspiração de ordem superior: as luzes que brilharam na Paris do século retrasado agora iluminam o solo brasileiro.
O romance espírita, publicado pela editora Ceac, será lançado hoje, às 9h, no Centro Espírita Amor e Caridade. É o oitavo livro do autor. Em janeiro havia sido a vez de "Luzes em Paris" com fatos reais adaptados à ficcção, cujo enredo se passa na França de 1860, onde pessoas vivem fenômenos sobrenaturais e entram em contato com a nova ciência codificada por professor que adota pseudônimo de Allan Kardec.
As novas páginas, entretanto, não são sequência da história anterior. "É continuidade do trabalho evolutivo dos personagens agora reencarnados no Brasil", reitera Sidney, que antes ficara conhecido como bancário e empresário e, hoje, dedica-se à divulgação da doutrina espírita com palestras no Ceac e livros.
O autor ressalta que nem todos que aparecem na obra anterior estão reencarnados no romance atual. "Ronan Du Bois e sua esposa Madame Charlotte permanecem na espiritualidade, coordenando os trabalhos a serem realizados por personagens que reencarnam no Brasil. Há novos personagens, que vão surgindo no decorrer da narrativa".
EDUCAÇÃO
Entre as temáticas abordadas no obra, a educação aparece como forma de transformar as pessoas. "Assim como Allan Kardec e sua esposa Amélie Boudet consideraram a educação um forte elemento de transformação social, a instituição que descrevo em 'Luzes no Brasil', situada em favela, baseia-se em mais de um dos revolucionários movimentos educacionais, tais como a metodologia Pestalozzi, da Suíça do século dezenove".
A ideia principal do enredo, segundo o autor, é mostrar um grupo de espíritas que promove o desenvolvimento da comunidade através de um centro educativo, onde crianças são estimuladas a se tornarem voluntárias em ações solidárias. "A inspiração veio de um conjunto de atitudes nobres das pessoas, que eu vejo muito hoje em dia. Elas mostram que o mundo não está perdido".
EVOLUÇÃO
Ele aponta que existe muita gente cujas ações para melhorar a sociedade nem sempre ganham reconhecimento. "Atualmente, são evidenciados somente aspectos negativos, como corrupção e tragédias. A proposta do livro é destacar as luzes que têm no País e estão apagadas".
A mensagem principal do livro, contudo, é o progresso espiritual. "O quanto podemos contribuir para a nossa evolução e a do próximo. Principalmente, o preceito de que, não importa a nossa posição social ou econômica, todos podemos colaborar para o surgimento de um mundo melhor".
E ele já concluiu um novo trabalho, o nono, que agora está em fase de revisão. Ainda não há previsão de lançamento, mas o título provisório é "Herdeiros de Nós Mesmos", cuja história procura justificar o sofrimento das pessoas em vida.