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Casa Espírita Novo Mundo Celebra 5 décadas de atividade

20 de Junho de 2019 às 10h40

A casa Espírita Novo Mundo, localizada na rua Riachuelo, nº 954, bairro Liberdade, celebrou no último dia 12 seu aniversário de 50 anos. Para festejar o meio século de trabalhos a direção organizou várias ações para o mês de junho, com as participações dos palestrantes Cibelle Flávia, Josineide Medeiros7, Suely Rodrigues e Marcos Silva.

Neste domingo (16) as atividades comemorativas tiveram início às 9:30h com o Grupo Canto e Luz, formado pelos integrantes da casa, também houve apresentação do monólogo, psicografado, “O Menino que Sonhou um Mundo Novo”, que conta a história de Luiz Monteiro da Costa, fundador do Novo Mundo, interpretado pelo jovem Pedro Henrique. Em seguida Ana Lidya declamou a poesia, psicografada, “Cantiga de Paz” de Dolores Duran.

Após as apresentações artísticas a expositora Joedla Rodrigues Lima, filha de Jandira Rodrigues de Lima, neta do fundador da casa, realizou palestra com o tema: Espiritismo um Roteiro de libertação.


“Muitas vezes nós nos encontramos com algumas dificuldades na vida que nos prendem impedindo nosso avanço e hoje vou mostrar a Doutrina Espírita como um roteiro, não querendo ser único, mas que o Espiritismo em primeiro lugar por nos conectar com Deus, que é a inteligência suprema a causa primaria de todas as coisas, nos trazendo para reconhecermos a nossa filiação divina. Depois, a doutrina também nos traz a realidade de que somos imortais”, destacou Joedla Rodrigues, que apesar de hoje residir na cidade de Patos, busca sempre manter o vínculo com o Novo Mundo, casa onde deu seus primeiros na Doutrina Espírita.


Trajetória


A história do Novo Mundo começa no final da década de 1960 com Luiz Monteiro da Costa, um homem que, embora dotado de uma mediunidade ostensiva, ainda era cético quanto aos ensinamentos de Deus. Luiz precisou ter o coração aquebrantado com uma vida cheia de angústias e provações para se voltar a Doutrina Espírita e conhecer as leis universais.

Jandira Rodrigues de Lima, filha de Luiz Monteiro, atual gestora da instituição, contou que depois de muito sofrimento seu pai comprou uma propriedade, onde hoje funciona o Novo Mundo, e se dedicou ao contato com os espíritos. Ela recorda que em meados da década de 60 ele a procurou para fazer um pedido especial.

“Eu era católica fervorosa, que comungava todo mês, e ele disse: ‘Jandira vá procurar o Evangelho segundo o Espiritismo’, eu me assustei, mas fui até a antiga Livraria Pedrosa onde o proprietário me informou que seu Lauro Queiroga vendia o livro. A partir daí todo domingo eu vinha e lia o Evangelho para meu pai, então eu comecei a gostar”, ressaltou Jandira.

A gestora enfatizou que seu pai começou as primeiras reuniões por volta de 1967, num quarto de ferragens que ele limpou e ficava atrás da casa. Depois ele disse que precisava fazer um lugar certo, e tirou dinheiro da firma da família para construir as primeiras salas da instituição, contrariando os filhos. Nessa época Luiz também começou os trabalhos de passes.

“Ele começou a ‘curar’ em baixos de uns Avelós que tinha na propriedade. Eram pessoas que vinha com crianças doentes, mulheres querendo engravidar e tantas outras coisas. Ele ficava rezando, e começou a vir tanta gente que ele precisou distribuir fichas para o atendimento”, narrou Jandira.

Com os investimentos na casa eles também construíram uma escola chamada “Sinal da Cruz”. Inicialmente a escola acolhia 37 crianças, depois o número aumentou para 400, chegando a um ponto que não podiam mais sustentar. Nessa época Jandira decidiu falar com o interventor que disse a ela: “foi um presente que você me deu”, e mandou professoras merendeiras, alimentos e carteiras. Daí então nesse espaço durante a semana as crianças estudavam e no domingo era realizada a reunião.

Hoje o Novo Mundo conta com um espaço amplo, com mais de 8 salas para ações como evangelização de crianças, auxílio de mais de 30 mães e também realiza atividades com a juventude. “Estamos aqui nesse trabalho para estudo e divulgação da Doutrina Espírita, então a gente só tem a agradecer a divina providência e a Allan Kardec que trouxe essa codificação que nos dá tanto conhecimento e tanta luz”, frisou a gestora. Redação