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Quem lê, atenda

14 de Fevereiro de 2017 às 00h00

“Quem lê, atenda.”  Jesus. (Mateus, 24:15.) 

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da

Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento  análogo se verifica no 

mundo, com referência aos frutos do pensamento. Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero 

emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso 

ou com a indiferença pelas obrigações mais justas. Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida. O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto 

campo de observações pouco dignas. Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando 

deficiências da letra ou  catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem

sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e

tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e

dadivosas da fé renovadora. A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva. É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente

conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa

penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação. O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler  para alcançar 

novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-­la em arena de esgrima

intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.


Fonte: Livro - Vinha de Luz

Emmanuel / Chico Xavier