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Quando Há Luz

09 de Fevereiro de 2017 às 08h35

"O amor do Cristo nos constrange." Paulo (2 Coríntios, 5:14)


Quando Jesus encontra santuário no coração de um homem, modifica-se lhe a marcha inteiramente.


Não há mais lugar dentro dele para a adoração improdutiva, para a crença sem obras, para a fé inoperante.


Algo de indefinível na terrestre linguagem transtorna-lhe o espírito.


Categoriza-o a massa comum por desajustado, entretanto, o aprendiz do Evangelho, chegando a essa condição, sabe que o Trabalhador Divino como que lhe ocupa as profundidades do ser.


Renova .se lhe toda a conceituação da existência.


O que ontem era prazer, hoje é ídolo quebrado o que representava meta a atingir, é roteiro errado que ele deixa ao abandono.


Torna-se criatura fácil de contentar, mas muito difícil de agradar.


A voz do Mestre, persuasiva e doce, exorta-o a servir sem descanso.


Converte .se lhe a alma num estuário maravilhoso, onde os padecimentos vão ter, buscando arrimo, e por isso sofre a constante pressão das dores alheias.


A própria vida física afigura .se lhe um madeiro, em que o Mestre se aflige. É-lhe o corpo a cruz viva em que o Senhor se agita crucificado.


O único refúgio em que repousa é o trabalho perseverante no bem geral.


Insatisfeito, embora resignado firme na fé, não obstante angustiado servindo a todos, mas sozinho em si mesmo, segue, estrada afora, impelido por ocultos e indescritíveis aguilhões...


Esse é o tipo de aprendiz que o amor do Cristo constrange, na feliz expressão de Paulo. Vergasta-o a luz celeste por dentro até que abandone as zonas inferiores em definitivo.


Para o mundo, será inadaptado e louco.


Para Jesus, é o vaso das bênçãos.


A flor é uma linda promessa, onde se encontre.


O fruto maduro, porém, é alimento para Hoje.


Felizes daqueles que espalham a esperança, mas bem-aventurados sejam os seguidores do Cristo que suam e padecem, dia a dia, para que seus irmãos se reconfortem e se alimentem no Senhor!

Emmanuel / Chico Xavier