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Apóstolos

19 de Julho de 2018 às 08h35

“Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens.” Paulo (I Coríntios, 4:9)


O apóstolo é o educador por excelência. Nele residem a improvisação de
trabalho e o sacrifício de si mesmo para que a mente dos discípulos se transforme e
se ilumine, rumo à esfera superior.
O legislador formula decretos que determinam o equilíbrio e a justiça na
zona externa do campo social.
O administrador dispõe dos recursos materiais e humanos, acionando a
máquina dos serviços terrestres.
O sacerdote ensina ao povo as maneiras da fé, em manifestações primárias.
O artista embeleza o caminho da inteligência, acordando o coração para as
mensagens edificantes que o mundo encerra em seu conteúdo de espiritualidade.
O cientista surpreende as realidades da Sabedoria Divina criadas para a
evolução da criatura e revela­lhes a expressão visível ou perceptível ao
conhecimento popular.
O pensador interroga, sondando os fenômenos passageiros.
O médico socorre a carne enfermiça.
O guerreiro disciplina a multidão e estabelece a ordem.
O operário é o ativo menestrel das formas, aperfeiçoando os vasos
destinados à preservação da vida.
Os apóstolos, porém, são os condutores do espírito.
Em todas as grandes causas da Humanidade, são instituições vivas do
exemplo revelador, respirando no mundo das causas e dos efeitos, oferecendo em si
mesmos a essência do que ensinam, a verdade que demonstram e a claridade que
acendem ao redor dos outros.
Interferem na elaboração dos pensamentos dos sábios e dos ignorantes, dos
ricos e dos pobres, dos grandes e dos humildes, renovando­lhes o modo de crer e de
ser, a fim de que o mundo se engrandeça e se santifique. Neles surge a equação dos
fatos e das idéias, de que se constituem pioneiros ou defensores, através da doação
total de si próprios a benefício de todos. Por isso, passam na Terra, trabalhando e
lutando, sofrendo e crescendo sem descanso, com etapas numerosas pelas cruzes da
incompreensão e da dor.
Representando, em si, o fermento espiritual que leveda a massa do
progresso e do aprimoramento, transitam no mundo, conforme a definição de Paulo
de Tarso, como se estivessem colocados pela Providência Divina nos últimos
lugares da experiência humana, à maneira de condenados a incessante sofrimento,
pois neles estão condensadas a demonstração positiva do bem para o mundo, a68 – Francisco Cândido Xavier
possibilidade de atuação para os Espíritos Superiores e a fonte de benefícios
imperecíveis para a Humanidade inteira

Emmanuel / Chico Xavier