Costumo escrever de forma resumida e simples, mas receio que hoje talvez me estenda um pouco. Para falar sobre ansiedade e quarentena, precisamos falar um pouco de cada.
No Google achamos as seguintes definições para a palavra “ansiedade”: grande mal-estar físico e psíquico; aflição, agonia; desejo veemente e impaciente; falta de tranquilidade; receio; estado afetivo penoso, caracterizado pela expectativa de algum perigo que se revela indeterminado e impreciso, e diante do qual o indivíduo se julga indefeso.
Claramente descreve tudo o que estamos vivenciando agora. Mas será que ansiedade é algo ruim para nós?
Ela é natural quando surge algo novo, um enfrentamento com o desconhecido, como quando vamos fazer uma prova, por exemplo. Até certo ponto ela é positiva porque nos direciona para a ação. Viktor Frankl, pai da logoterapia, escreve no livro “Em Busca de Sentido”, que “a saúde mental está baseada em certo grau de tensão, tensão entre aquilo que já se alcançou e aquilo que ainda se deveria alcançar”, e mais a frente afirma que o homem não precisa estar livre de tensões, mas antes da busca e da luta “por um objetivo que valha a pena, uma tarefa escolhida livremente”.
Porém, quando os sintomas físicos e psicológicos extravasam, prejudicando mesmo nosso dia a dia, já não estamos lidando muito bem ela, e temos que nos reavaliar, sendo necessário procurar ajuda profissional e espiritual.
Já a palavra “quarentena”, segundo o site dicio.com.br, tem origem do fato de antigamente, quando as autoridades de um porto suspeitavam que houvesse portadores de infecção entre os passageiros ou tripulantes de um navio, esse teria de ficar 40 dias ao largo do porto, sem atracar.
Atualmente estamos de quarentena de incontáveis dias no porto de nossos lares, com os nossos, como medida de prevenção para que não adoeçamos nem espalhemos essa nova doença que tanto nos assusta pelo desconhecido. Ficamos, então, neste momento de incerteza e dor, com a família que Deus nos colocou para que evoluamos juntos através do amor. É natural que sintamos ansiedade. Entretanto, como podemos lidar com ela durante esse período incerto de quarentena?
A seguir trago propostas que procuro seguir, pois, como todos, também lido com questões de ansiedade diariamente.
Ao invés de nos lotarmos de notícias sobre o coronavírus, estatísticas, tabelas, mortes, etc, nos lotemos de estudos de livros e lives edificantes.
Criar uma rotina diária e semanal.
Aproveitar nossa família cultivando o amor diariamente.
Trazer o Evangelho no Lar como momento de luz em que o Cristo possa se fazer presente no meio de nós.
Desenvolver atividades em conjunto com as pessoas dentro de casa, seja na cozinha ou brincadeiras com as crianças, e desenvolver a criatividade.
Cuidar bem da alimentação do corpo físico e da alma – desenvolver o costume de consumir leituras, filmes/séries, músicas edificantes.
Praticar alguma atividade física.
Trazer a prática da meditação para nossos dias.
Olhar para si, emoções e pensamentos, buscando se conhecer verdadeiramente.
Desenvolver a gratidão diariamente.
Viver o dia de hoje.
É uma lista em processo de construção, então, caso tenhas algo para contribuir, comenta com a gente. Vamos construindo juntos essa corrente de luz, ajudando-nos a nós mesmos e nossas famílias, mas também ao orbe, a lidar com a ansiedade para que ela seja uma emoção que nos impulsiona para ação no bem. Conto com vocês.