Ainda não tinha completado um mês do desencarne de meu filho Fillipe, quando escrevi essas palavras que vinha do mais intimo do meu ser. Hoje releio e faço uma analise e continuo concordando com elas.
O que aprendi.
Que posso dizer nesse momento de dor o que aprendi?
Aprendi que as palavras são pequenas para definir sentimentos;
Aprendi que a oração é indispensável e nos fortalece;
Aprendi que Fillipe me mostrou que não falhei como mãe dele;
Aprendi que a missão das pessoas não se conta através do tempo;
Aprendi que minha missão é ser mãe, esposa, amiga;
Aprendi que minha
missão também é passar para as pessoas que a vida
continua;
Aprendi que a saudade é possível ser sentida sem
sofrimento e sem remorso;
Aprendi que podemos continuar sendo felizes mesmo quando
um ser amado é chamado para viver em outro plano;
Aprendi que posso continuar a amar esse ser, mesmo sabendo que ele não é perfeito e que a qualquer momento ele pode me decepcionar, pois ele é um ser em evolução, assim como eu;
Aprendi que um dia, seremos chamados a por em prática todos esses conhecimentos que estamos adquirindo através das palestras, livros e tudo mais;
Aprendi que o abraço e o sorriso são atitudes de caridade;
Aprendi que devemos ser menos ansiosos para podermos escutar ou entender os nossos protetores;
Aprendi que eu já estava sendo assistida, é por isso que estou aqui;
Aprendi que a cruz tem o peso que podemos suportar;
Aprendi que a fé é do tamanho da sua necessidade;
Aprendi que prefiro ser como o bambu, que é rígido, porém maleável.
Márcia Verônica