Em uma questão famosa em O livro dos espíritos, Santo Agostinho responde sobre a forma de vencermos o arrastamento do mal a que somos submetidos em quase todas as direções da vida comum:
“Conhece-te a ti mesmo”.
Analisando as características de nossa vida, esta recomendação pode tomar um sentido mais amplo e útil para entendê-la ensejando a realização da missão de evolução que planejamos.
Cada existência é marcada pelas peculiaridades que nos diferencia de todos os outros.
Em um diálogo singelo anotado por Neio Lúcio, no livro Jesus no Lar, o Mestre assinala as asas que conduzem a alma no voo da evolução: a sabedoria e o sentimento.
Aí vemos, querido amigo, amada leitora, o escopo de nossa missão em seu quadro mais amplo.
Para cada encarnação, sendo planejadas as circunstâncias e gêneros de vida, um destes aspectos evolutivos desponta como necessidade prioritária para aqueles anos.
Assim, vemos uns dedicados por toda a vida ao estudo, pesquisa, desenvolvimento de tecnologias, métodos, sistemas e filosofias, contribuindo para impulsionar o pensamento da humanidade.
Outros, por mais que tentem deslizam nos anos entre tentativas, fracassos e pequenos sucessos para garantir a sobrevivência na terra, por mais um dia.
Aqueles aceleram o intelecto, a sabedoria.
Estes transformam-se, pouco a pouco, nos numinosos seres espirituais, andando a frente dos sábios.
Outros de nós, transitam entre as duas extremidades, exercitando a inteligência e o sentimento em provas mais ou menos duras.
Assim, se as circunstâncias reencarnatórias nos permitiram hoje não ter preocupação material na vida, é Deus, em sua bondade, ajudando a nos concentrarmos no aperfeiçoamento moral.
Os bons Espíritos em muito destacam a necessidade de nossa reforma para o bem, como mecanismo de prevenção de mais dores no futuro. O que para nós tem sabor de felicidade.
Reflitamos em nossos desafios evolutivos.
Olhemos mais para aqueles que nos cercam pelas lentes da indulgência, da compreensão.
Muitos deles não conhecem o Evangelho e a Doutrina espírita como nós.
É dever de quem está a frente, no amor ou no conhecimento, esforço maior na direção da reconciliação com estes adversários que estão a caminho (de Deus) conosco.
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