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O Espiritismo proíbe alguma coisa?

05 de Abril de 2019 às 19h30

Anna Moreira - @cantinho_espirita

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A Doutrina não nos obrigada a nada. Em nenhum um livro, seja nas obras básicas ou auxiliares, os espíritos dizem o que devemos ou não fazer de forma tal e qual maneira. Não existe isso. A Doutrina Espirita esclarece. Isso é diferente de obrigar. E nem se agirmos de forma diversa, iremos ser julgados ou sentenciados a qualquer pena eterna que seja, aliais, o que a Doutrina nos ensina é que,se existe um inferno, esse é o da nossa própria consciência. Jesus quando nos ensina sobre o erro e o arrependimento, ele nos convida para que voltemos a errar justamente para que não nos aconteça coisa pior. Por isso que disse que Deus não quer a morte do pecador, mas que ele viva e se arrependa seja ainda nesta vida ou na vida Maior. Não existe isso de viver eternamente no umbral, que todos impreterivelmente devem passar por ele, nada disso. Isso é invenção, crendice, querer por todas as forças despertar o temor inexistente no Amor Divino. Deus não criou o mal e muito menos as zonas de padecimento. Isso se deve ao nosso menor esforço, em ceder nossas más tendências, e, através da afinidade, criar a zona mental  que é propícia àquela comunidade de espíritos, seja no plano espiritual ou material.


Tudo podemos, mas nem tudo devemos. Paulo, o apóstolo já dizia: tudo posso mas nem tudo convém. Isso vale para a vida toda. Nossos atos, decisões e até nossa forma de pensar deve ser regido através disso. Nossos livres, o espírito sopra onde quer. Por sermos livres, podemos fazer tal e qual escolha, os espíritos raramente decidirão por nós, só o fazem quando somos plenamente incapazes disso. Diante as escolhas da vida, nossos guias e amigos espirituais nunca nos obrigarão a nada, mas, se pudessem escolher, sempre escolheriam por nós as melhores atitudes, palavras, ações...ao invés disso, se recolhem humildemente a nos alertar através da nossa intuição (sabe aquela vozinha interior? Então...)


Em diversas fases da vida, em diversas festas, ocasiões, passagens do ano, a espiritualidade sempre torcerá para que tomamos como decisão aquela que seja mais saudável ao nosso corpo físico, a que nos favoreça mais ao nosso equilibro energético, ao tão temido ou sonhado autoconhecimento, à prática do estudo e da caridade como alimento espiritual necessário, assim como à busca da conexão do divino através da meditação e da prece. 


Nossa vida é regada de escolhas. Estamos aqui de passagem não para viver uma vida material mas para nos espiritualizar. Dessa forma, fica fácil, apensar de sacrificante, deduzir quais as escolhas mais saudáveis para nós e, de tabela, para quem nos cerca.


Fiquemos na paz das nossas consciências.


Anna Moreira

Cantinho Espírita