Reposta: neste caso, usarei minha experiência pessoal como exemplo. Nós conhecemos a Doutrina Espírita por dois meios: pelo amor ou pela dor.
Algumas pessoas adentram as casas espíritas por curiosidade, por simpatizarem, vontade...mas muitas são as que vão pelo sofrimento.
Meu pai era Espírita, então durante muito tempo já realizava o evangelho no lar "sozinha", pois morava longe dele. Ao chegar em Macapá para morar, fui com ele à casa espírita, onde comecei a fazer uma assistência espiritual, após os estudos doutrinários e assim, ao mesmo tempo, participando das atividades que a Casa Espírita oferece, como por exemplo: bazar, evangelização...etc.
Senti-me de fato Espírita, quando fui colocada em xeque diante algumas situações que deveria tomar uma decisão: afinal sou Espírita ou não?Exemplo: no meu casamento, batizado do meu filho (pois na Doutrina não tem rituais e não posso trazer para dentro da casa espírita rituais de outras religiões...), em ter que assimilar os ensinamentos doutrinários que iam contra algumas opiniões já formadas por mim: aborto, suicídio, homossexualidade...
Então, eu diria que tornar-se Espírita vai muito além de frequentar a Casa Espírita: tenho que fazer parte dela, estudar a Doutrina e respeitá-la. Pois não sou eu que devo esperar que a Doutrina passe a mão na minha cabeça, mas sim que seus ensinamentos despertem em mim a reflexão para que minhas condutas mudem e eu possa me tornar uma pessoa mais reformada e espiritualizada.
Conheço pessoas que se dizem Espíritas há anos e quando pergunto: que fazes na Casa Espírita? E elas dizem: ah, assisto palestras. Fico me questinando o porquê de querermos receber tanto da Casa Espírita e não doarmos um pouco de nós ao outrem através do trabalho no bem, em forma de gratidão pelo tanto que a Casa Espírita faz por nós.
Fica a reflexão para aqueles que são Espíritas ou têm vontade de ser. 😘
Anna Moreira/Cantinho Espírita