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Humildade e Felicidade

05 de Abril de 2019 às 09h10

Gilton Carlos - @espiritismoeevangelho

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Lei divina ou lei natural é toda a lei que vem de Deus e o homem só é infeliz quando dela se afasta. Esta afirmação contida na primeira parte de O Livro dos Espíritos dá uma medida compreensível do estado moral de todos nós que, invariavelmente, reflete-se no tipo de vida, nos problemas e desafios que cada alma enfrenta.

No processo de evolução, seja das coletividades ou da criatura, apresentado na escala espírita e progressão dos mundos, notamos que no ponto delicado está a felicidade, experiência inalterável dos espíritos puros e psicosfera de sentimentos delicados dos mundos felizes.

Escalonando ao âmbito individual, todas as ações da alma refletem esta aspiração: desde as menores ações, perpassando pelos planos de vida e os relacionamentos, o ser humano busca, acima de tudo, ser feliz.

Enquanto mantém o ponto de vista na vida terrena, a felicidade para a alma é satisfação material, conforto, segurança física, beleza corporal, reconhecimento, destaque social.

Porém, elevando-se pelo pensamento pode vislumbrar a vida como a apresenta Jesus. Pelo prisma espiritual as referências alteram-se significativamente. O que se apresentava como sofrimento é prenúncio de liberdade, dificuldades e aflições passam a ser lições evolutivas para a promoção do bem em si mesmo.

A felicidade, na simplicidade própria dos espíritos superiores, é nos apresentada como condição de obediência a Deus, que se manifesta na obra da criação, através de suas leis.

A humildade, dentre outras, é o reconhecimento do ser superior Criador de todas as coisas e, portanto, de suas leis que regem a vida.

Tiago, em sua carta no capítulo 4, versículo 11, escreve que “se passas a julgar a lei, cessa de obedecê-la e assume a posição de juiz”.

Portanto, todo desvio de conduta do Espírito, no que tange a não observância da lei de justiça, amor e caridade, é visto como ato de insubmissão ou contrariedade as leis divinas, caracterizando a ausência de humildade no Espírito.

Este padrão, em se repetindo como hábito nas experiências terrestres, forma o caráter orgulhoso do Espírito encarnado, patenteando a qualidade de sua relação com Deus.

É assim que a não aceitação da lei divina, que se manifesta em todas as circunstâncias da vida, nos distancia da felicidade que buscamos.


Gilton Carlos @espiritismoeevangelho