A doutrina espírita, em seus princípios, tem favorecido a inúmeras mentes, antes esfogueadas pelo inconformismo ante as respostas irracionais ou incompletas para questões de interesse ao espírito humano, relativa paz.
As respostas apresentadas pelos Espíritos superiores a Allan Kardec revolucionaram o pensamento do mundo, pois mostravam a vida de um ângulo diferente, superior.
Pela segunda vez este ponto de vista foi apresentado. E, talvez, pela primeira, compreendido.
O espiritismo brilha em suas palavras pela simples razão de repetir os fundamentos originalmente apresentados pelo Mestre de Nazaré.
Reafirma o amor, consubstanciado na caridade.
E, na voz de Lázaro, pronuncia definitivamente, como o som de uma trombeta celeste, a palavra reencarnação.
Esta maravilha da pedagogia de Deus descortina as brumas da incompreensão divina em sua justiça eterna.
Assim, quando a entendemos, um novo sentido se expande em nosso proceder.
Vemos Sua bondade e o amor paterno que não abandona. Mas, dá ao filho a chance de recomeçar naquilo que falhou.
Oferece a mão fraterna de quem ama aos que também caíram ante os compromissos assumidos.
Tranquiliza-nos em nossa missão atual. Porque solicita na caminhada de volta a Ele, um passo por vez. Sem exigir que de um lance se cumpra algo que deve ser para a eternidade.
Permite-nos maior compreensão para com as falhas dos outros, segundo os preceitos da caridade. Afinal, assim como nós, se não conseguiram ainda, terão nova chance para fazê-lo.
Apresenta, em toda sua plenitude, a igualdade diante de Deus. Visto que, olhando-se como espíritos, brancos serão negros, ricos serão pobres, homens serão mulheres...
E o respeito toma seu lugar na consciência íntima, transferindo-se pouco a pouco à sociedade.
Fortalece os laços familiares, que nunca se desfazem. Mas, se consagra pelos séculos vindouros.
Os corações amantes não se separam, não obstante os erros cometidos. Pois o amor, ensina-nos o Cristo, tudo espera, tudo suporta.
Quando compreendemos a reencarnação, as dúvidas se esmaecem e o amor divino por seus filhos toma lugar na mente e no coração.
Por tudo isso, torna-nos mais humildes, resignados, felizes.
E não somente aceitamos por ser um princípio religioso que esposamos.
Mas, acima de tudo, porque compreendemos com o raciocínio e sentimos com o coração.