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“Que farei então de Jesus, chamado o Cristo?” – Pilatos. (Mateus, 27:22)

27 de Novembro de 2023 às 20h05

Antonio Carlos Tarquínio

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É possível que você faça parte daquele grupo de pessoas que aprendeu a utilizar as lições de Jesus para decifrar os enigmas da existência .Nesse caso, quando chegam as provas, os momentos de aflição, habitualmente, você lança mão do Evangelho, buscando assim, consolo e alívio para si próprio. Certamente, você vê a oração, pois, foi assim que aprendeu, qual forma de haurir recursos espirituais para o enfrentamento e a devida solução aos conflitos e problemas com os quais se depara na estrada comum, e vezes sem conta o procedimento bastou. Você restabeleceu no mundo interior a harmonia perdida. Você reencontrou a paz do coração.

No entanto, vez por outra, aqui e ali, surge no mundo de nós mesmos o questionamento sobre o uso que estamos fazendo das lições do Cristo. Se costumamos recapitular experiências tantas vezes repetindo as velhas formas de ser, inclusive revivendo conflitos íntimos que jamais superamos, torna-se evidente que algo está a nos faltar...

Se a solução efetiva de nossos problemas íntimos requer de nós outros o desatamento dos nós aflitivos presentes no ímo de nossas almas, somos obrigados a notar que é forçoso repensar tanto o diagnóstico como a terapia que estamos aplicando em nossos caminhos. No fundo, mas bem no fundo mesmo, nos parece, que é imperioso se modifique o tipo de mentalidade com que decodificamos os ensinamentos do Mestre.

Das duas, uma: ou seus ensinamentos não são eficazes para desatar os nós de angústia de nossas almas, e tampouco servem para decifrar os enigmas de nossa existência, ou nossa verdadeira transformação não acontece porque ainda não conseguimos enxergar, sentir, e nem sequer captar o real sentido de suas palavras.

Tarquínio