“Não estejais inquietos por coisa alguma” – Paulo. (filipenses, 4:6)
“Não se inquietar com coisa alguma” não significa deixar-se levar pela vida de espírito desavisado e invigilante. O conselho de Sabedoria prática do evangelista parece tem por fim, lançar um alerta em relação a qualquer tipo de desassossego que nos visite a casa íntima para nos roubar a paz do coração, quando mesmo estejamos em plena atividade.
Para fazer frente a essa guerra espiritual de manutenção da serenidade na intimidade do ser, temos de aprender a seguir em frente, trabalhando na busca da autotransformação, utilizando os desafios da estrada como fatores de acrisolamento da alma que alavancam o processo necessário e inadiável de nossa educação para a boa convivialidade.
É imperioso encontrar os meios de extinguir da conduta os hábitos menos felizes que nos arrastam para os conflitos da convivência, livrarmo-nos das más paixões que nos titereiam, jogando-nos uns contra os outros, e com isso estabelecendo um desesperador caos social.
Para conseguir semelhante proeza não há fórmula mágica, caminho fácil; uma joia – com raríssima exceção – será encontrada numa lata de lixo. É porque cada um terá de despertar para as próprias limitações, corrigindo-se para deixar de ser uma pedra de tropeço nas vidas dos que lhe cercam os passos, começando por pacificar o próprio coração. Como disse certa vez grande filósofo:
“Ninguém acredite que o mundo se redima sem almas redimidas”.
Portanto, ausência de inquietação não vem a ser desídia, preguiça, indolência, mas, sobretudo, atarefamento, trabalho, serviço.