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O recurso terapêutico da prece

29 de Junho de 2018 às 10h25

Jean Paul @umgayespirita

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Na questão 659 de “O Livro dos Espíritos”, a Espiritualidade nos ensina que através da prece podemos louver, pedir, agradecer.

Louvar é dar glória, é reconhecer em Deus a fonte de toda criação, mesmo diante das dificuldades que a vida nos apresenta.

Pedir é interceder por nós mesmos e por outrem; é se colocar na condição de humildade e reconhecer que ainda estamos distantes da perfeição e, por isso, precisamos que os bons espíritos nos amparem e nos incitem coragem para enfrentarmos a nós mesmos. Além disso, pedir em favor de alguém é exercitar a caridade.

Agradecer é conservar o sentimento de gratidão por todo amor que recebemos da Fonte Criadora e daqueles que traduzem a Sua vontade. É reconhecer que jamais estamos desamparados em meio às aflições e angústias do cotidiano.

A oração simples e pura, que brota do nosso íntimo, não exige palavras eloquentes. Para ser eficaz, é preciso que nossa prece seja dotada de sentimento, que pode se expressar em uma palavra, ou mil, em ação no bem ou simplesmente em silêncio interior.

Em “O evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo XXVII “Pedi e Obtereis”, no item “Ação da Prece. Transmissão do Pensamento”, Allan Kardec nos esclarece que a prece emana do pensamento e da vontade do espírito e, sendo esta vontade sincera, alcança esferas sublimes da vida, já que o pensamento através da frequência de ondas por meio do fluido cósmico universal, que preenche todo o Universo. Conforme podemos perceber, pensamento é vibração expressa em frequência. Assim sendo, quando oramos com fervor, em recolhimento interior, vibramos em frequência mais alta. Conforme a ciência humana já nos esclarece, tudo é energia, nossos corpos físico e perispiritual são a condensação, em diferentes níveis, do energético organizado em células; quando em desequilíbrio psíquico, desarticulamos esta organização temporária e, então, geramos desarmonia nos nossos corpos, propiciando o surgimento de doenças.

No livro “Momentos Enriquecedores”, Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Franco, estabelece a prece como recurso terapêutico para reorganização da condensação de nossos corpos, pois “quando um enfermo ora, recebe valiosa transfusão de forças, que vitalizam os leucócitos para a batalha da saúde e sustentação dos campos imunológicos, restaurando-lhes as defesas”. Joanna afirma, assim, que a doença, tanto quanto a saúde, provêm do espírito; aliando a terapêutica terrena à prece, podemos reequilibrar nosso psiquismo para restabelecimento da organização energética de nossos corpos, porque contaremos, para além da nossa própria harmonização interna, com o encorajamento e as intuições dos Espíritos Superiores com os quais nos afinizaremos, já que “a oração é o instrumento pelo qual a criatura fala a Deus, e a inspiração lhe chega na condição de divina resposta” e está à disposição de toda criatura humana. 

Louvar, pedir, agradecer é e sempre será o meio pelo qual nos conectamos à Divindade trazendo paz, harmonia, equilíbrio e força para nosso ser, expandindo a claridade que possuímos, fazendo brilhar a nossa luz.

Oremos!

 

Jean Paul

@umgayespirita

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REFERÊNCIAS:

KARDEC, Allan. “O Livros dos Espíritos”. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010.

KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010.

FRANCO, Divaldo P. DE ÂNGELIS, Joanna. “Momentos Enriquecedores”, disponível em < http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=488>, acessado em 29/06/2018 às 09h17min.