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O que aprendi

30 de Março de 2018 às 11h50

    Ainda não tinha completado um mês do desencarne de meu filho Fillipe, quando escrevi essas palavras que vinha do mais intimo do meu ser. Hoje releio e faço uma analise e continuo concordando com elas.

O que aprendi.

Que posso dizer nesse momento de dor o que aprendi?

Aprendi que as palavras são pequenas para definir sentimentos;

Aprendi que a oração é indispensável e nos fortalece;

Aprendi que Fillipe me mostrou que não falhei como mãe dele;

Aprendi que a missão das pessoas não se conta através do tempo;

Aprendi que minha missão é ser mãe, esposa, amiga;

Aprendi que minha missão também é passar para as pessoas que a vida continua;
Aprendi que a saudade é possível ser sentida sem sofrimento e sem remorso;
Aprendi que podemos continuar sendo felizes mesmo quando um ser amado é chamado para viver em outro plano;

Aprendi que posso continuar a amar esse ser, mesmo sabendo que ele não é perfeito e que a qualquer momento ele pode me decepcionar, pois ele é um ser em evolução, assim como eu;

Aprendi que um dia, seremos chamados a por em prática todos esses conhecimentos que estamos adquirindo através das palestras, livros e tudo mais;

Aprendi que o abraço e o sorriso são atitudes de caridade;

Aprendi que devemos ser menos ansiosos para podermos escutar ou entender os nossos protetores;

Aprendi que eu já estava sendo assistida, é por isso que estou aqui;

Aprendi que a cruz tem o peso que podemos suportar;

Aprendi que a fé é do tamanho da sua necessidade;

Aprendi que prefiro ser como o bambu, que é rígido, porém maleável.

Márcia Verônica