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Por que muitas pessoas deixam o Espiritismo?

28 de Junho de 2018 às 09h15

Anna Moreira - @cantinho_espirita

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Por que muitas pessoas deixam o espiritismo?


A resposta pode ser simples, mas é por escolha. Simplesmente. Ninguém é obrigado a se tornar espírita e ser até o desencarne. Ser espírita exige muita coisa de nós, além do chamado constante à reforma íntima. Parafraseando o tio Ben: grandes conhecimentos trazem grandes responsabilidades.


Além do fator responsabilidade pesar bastante, existem situações em que a pessoa não se encaixa na Doutrina e nas casas espíritas. Por exemplo: desapegar de certos rituais, símbolos, imagens, dogmas...querendo ou não, isso exige muito da gente, visto que a maioria dos berços de religiosidades em que nascemos adota uma ou outra prática. 


Outra situação muito comum é o fardo. Muitas pessoas pensam que ser espírita é ser isento de problemas, dores, provas, expiação, murmuração e ranger de dentes. Grande engano. O espírita não é melhor que ninguém, apenas tem a missão de se esforçar para ser melhor do que era ontem e sabe que ser poupado das provas e expiações da vida não é um prêmio que lhe cabe. A Doutrina Espírita oferece aos seus seguidores e à humanidade a consolação, a resignação e a coragem, mas não veio para tirar o fardo e sim torná-lo mais suave como nos ensinou Jesus.


Rotineiramente, acontecem decepções nas casas espíritas. Muitos cometem o equívoco de pensar que só terão contato com pessoas perfeitas. A queda do cavalo é grande, pois todos os integrantes da Casa Espírita são espíritos nessa incessante busca pela evolução, pelo burilamento íntimo. Então, é muito comum você topar com algumas pessoas melhores em umas coisas e, possivelmente, piores em outras. Quer um conselho? Se seu desejo é abraçar a casa Espirita, abrace a causa e não espere tanto das pessoas, pois temos uma mania incrível de esperar muito dos outros e, na maioria das vezes, são qualidades que nem nós temos. Então, arregaça as mangas, porque terá muito trabalho de caridade com os espíritos encarnados, desencarnados e colegas de labor espírita.


Por fim, ser espírita é escolha e com ela temos que ser honestos com nosso íntimo.Se viu que a Doutrina não lhe caiu como uma luva, que não rola sentimento com as atividades desenvolvidas, é melhor ser sincero e buscar algo que lhe faça vibrar o coração, até porque temos que ser caridosos com qualquer templo religioso, de não querer que ele se molde a nossos caprichos, mais sensato é e sempre será buscar algo que nos torne seres humanos melhores e que esteja na nossa condição de servir bem e com amor. A espiritualidade sempre ficará muito feliz quando nos esforçamos em ser pessoas de bem, mais caridosas com nosso próximo. A unificação dos cristãos e da Humanidade será na vivência evangélica dos ensinamentos do Cristo e não querendo que uma religião seja igual a outra. São varias formas de pensar, de agir, de se manifestar e há uma única forma de sentir: com o coração, com amor.


Cantinho Espirita - Anna Moreira